sábado, 29 de setembro de 2012

Fogaréu ardente e vivo como nunca visto antes se transfigurou numa fagulha tímida, minúscula, só que inapagável. Morta, apenas uma forma de analisar. Pausada e contínua sem determinação é outra forma. Forma essa talvez mais rígida, pois o seu castigo é viver essa morte incompleta ou nem poder se considerar viva de verdade. Uma análise mais real, provavelmente.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

E alguns deixaram notas (outros até fuxicaram) de que essa auto-reconstrução poderia ser a parte II da transfiguração.
E quando finalmente teve coragem de usufruir de suas asas já crescidas, ao se lançar para o primeiro vôo, veio o desequilíbrio e o tombeamento inesperado. De certo que aquilo fora o maior susto de sua vida. Sem saber o que fazer, ficou esparramado ali mesmo no gramado - verde vivo, com algumas folhas secas de outono enfeitando - encarando o céu na sua frente. Mas coça ali, coça acá...e aí então percebeu que na verdade toda essa gastura era uma transformação natural e inerente de seu próprio ser, derrubando o seu instrumento de liberdade por conta do desuso e reconstituindo um assim, bem maior e mais aerodinâmico, com um alcance de vôo bem maior (mesmo sem nunca ter saído direito do chão...)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Processo da transfiguração atual: início, parte I. Tipo: situa-se entre moderada e intensa (com direito à movimentos ocilatórios constantes). Conscientização de toda essa mudança: levemente tardia, como acordar com um balde de água fria e permanecer com sono nas duas horas e meia seguinte, se sentindo um ninguém pelo resto do dia na espera de algum minuto realmente acordar e poder viver o dia normal. Estado atual: ainda sonolento, porém consciente com o despertamento que há de se concretizar. Passo seguinte: continuar rumando com a estranha sensação de desrumo, podendo ter ataques de insônia cotidiana a qualquer momento, sem um pingo de esperança da diferença que tanto deseja (com o mesmo tanto que precisa) no ar que se cheira .

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bem que podia existir uma ferramenta com a capacidade de controlar todas as partículas eufóricas que insistem em perpetuar, dentro de uma pessoa, pulsando loucamente em nome da ansiedade ou mesmo da sensação de uma possível e não-distante liberdade. (Isso tudo sem o auxílio de substâncias calmantes deliciosamente tóxicas).

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não sai mais da cabeça. Como uma dose bem recebida e potente de puro êxtase criada a partir daquele momento. Daquele! E sempre quando recordado recebe gotas poderosas dessa dose, que é boa, virando saudade no fim das contas. Passa dia, passa semana, passa vida e junto a correria necessária e ocupadeira do ócio perigoso, aquele ideal para matutar vários pensamentos inseguros regados de mais e mais saudades. Mas (como toda história precisa ter um porém), parece que nada é suficiente para ocupar os pequenos intervalos de tempo propícios para sentimentos  mundanos dolorosos causados pela falta da presença - maldita saudade já citada, sendo esta subdividida em palavras, risos, abraços, idéias, cores, sons, pele, cheiro, pessoa, (lista extensa, o espaço aqui não daria conta)... Sentimento que vem à tona mesmo sem ter seu tempo próprio de ser sentido, chega por último, quer causar, faz alvoroço, cria barraco, não pega a senha, fura a fila. E ainda sim tem sucesso.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Deixas então esse orgulho de lado menina! Faz mal não demonstrar esse pouco de afeto que tu sentes. Só um cadinho, que é pra deixar um gostinho naqueles que gostam de ti também. O que mais vale é ser sincera consigo mesma, mas, não se deixe enganar jamais, nem muito pro lado de cá, nem tanto pro lado de lá. A mãe já não falou que exagero demais é ruim? Equilibra-te. Importante mesmo é o que sentes, afinal, tu és o que tu sentes. Por favor, não se negue.